Ultrassom obstétrico

Ultrassom obstétrico é o exame feito durante a gestação para acompanhar a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebê. Emitindo ondas sonoras, o aparelho produz imagens do feto no interior da barriga, do útero e dos ovários da mulher. Além disso, não faz uso de radiação ionizante e, por isso, não causa efeitos colaterais.

O exame é feito desde as primeiras semanas até o parto. Através dele é possível identificar alguma alteração ou anomalia no bebê. A maioria pode ser tratada se descoberta de forma precoce, portanto é essencial que o ultrassom seja realizado neste período. Desse modo, é possível evitar eventuais complicações que arriscam a vida do feto e da mãe.

Qual a finalidade do ultrassom obstétrico?

O número de exames a ser realizado durante a gestação varia de acordo com a indicação do seu médico. Recomendamos realizar em quatro momentos, embora não tenha problema realizar outros, conforme solicitação médica.

O primeiro deve ser feito entre a semana 5 e 8, com o objetivo de identificar a quantidade de embriões, localização e o tempo da gravidez.  Como o feto ainda é bem pequeno, normalmente o primeiro ultrassom obstétrico é realizado pela via transvaginal para melhor visualização, podendo ser complementado pela via abdominal. Além disso é possível verificar se existe mais de um bebê se desenvolvendo e, a partir da 5ª ou 6ª semana, ouvir o batimento cardíaco.

O segundo exame deve ser feito entre a 11ª e a 14ª semana de gestação. Na ocasião, verifica-se a confirmação ou a detecção da idade gestacional e o rastreamento de algumas síndromes genéticas, através da translucência nucal (medição do espaço na nuca do feto) e do osso nasal. Avalia-se ainda o crescimento do bebê. Este ultrassom também é conhecido como ultrassom morfológico do primeiro trimestre, essa é uma ultrassonografia mais detalhada em que é analisada toda a formação dos órgãos e a estrutura do bebê.

O terceiro ultrassom obstétrico deve ser feito entre a 20ª e a 24ª semana. Este reserva um dos momentos mais esperados que é a descoberta do sexo do bebê, bem como os riscos de má formação, condições da placenta e do líquido amniótico. A avaliação é ainda mais completa e é denominado ultrassom morfológico do segundo trimestre. Neste momento avaliamos, mais uma vez, o crescimento fetal, a avaliação da placenta, do líquido amniótico e a morfologia fetal, inclusive com detalhamento de órgãos internos do bebê, como cabeça, coração, morfologia da face, estruturas abdominais e outros detalhes. Pode ser solicitado, ainda, uma complementação do exame para avaliar o colo do útero e avaliar se existe um risco de parto.

Por fim, o quarto ultrassom deve ser feito entre as semanas 28 e 32, analisando o crescimento e peso do bebê, maturação e localização da placenta. Consiste em avaliação do crescimento e desenvolvimento do bebê, avaliando estruturas como, podendo ser solicitado o Doppler para verificar fluxo sanguíneo materno, placentário e fetal. Alguns obstetras indicam um ultrassom adicional próximo ao parto, entre 34 e 40 semanas de gestação, com intuído de avaliar peso, posição do feto e condições da placenta e líquido amniótico e cordão umbilical.


Ultrassom 3D ou 4D

A ultrassonografia 3D ou 4D pode ser feita em qualquer fase da gestação, no entanto a melhor época é entre a 26ª e a 29ª semana. Isso porque, nesta fase, o bebê já está mais desenvolvido e ainda existe bastante líquido amniótico no útero da mãe. Antes disso, o feto ainda está pequeno e com pouca gordura debaixo da pele, o que dificulta a visualização de suas feições.

Esses recursos tridimensionais e quadridimensionais são utilizados para ver e analisar detalhes físicos, a presença e gravidade de doenças. O exame 3D mostra detalhes do corpo com nitidez, enquanto o 4D permite, além disso, visualizar movimentos.

A diferença entre o ultrassom obstétrico normal e este é o pós-processamento das imagens. São obtidos vários cortes bidimensionais por um sensor e o aparelho de ultrassonografia faz uma reconstrução para gerar imagens em 3D/4D. Não é necessário nenhum preparo especial para fazer o exame, entretanto é importante evitar cremes na região do abdômen e ingerir bastante líquido 24 horas antes do procedimento.

Além disso, o ultrassom 3D/4D pode identificar mais facilmente algumas situações especiais, dentre elas:

  • Síndrome de Down;
  • Lábio leporino;
  • Defeitos na coluna do bebê;
  • Malformações nos membros, rins, pulmões, coração e intestino;
  • Malformações no cérebro como, por exemplo, hidrocefalia ou anencefalia.

E se a imagem não ficar boa?

Existe a possibilidade de a imagem obtida no ultrassom 3D/4D não ficar boa e alguns fatores podem influenciar. Por exemplo:

  • Posição do feto: quando o bebê está com o rosto virado para as costas da mãe ou com membros/cordão umbilical na frente do rosto;
  • Volume do líquido amniótico: é de extrema importância para realização do exame. No entanto, quando seu volume diminui, pode impossibilitar a geração de uma imagem de qualidade;
  • Coloração e estrutura do líquido amniótico: além de ajudar no desenvolvimento de ossos e músculos do bebê, este líquido estimula os sistemas pulmonar e digestivo. Isso porque o feto o inspira, expira, engole e elimina. No entanto, em algum momento, o líquido amniótico pode conter partículas que afetam sua coloração. Para se obter imagens nítidas, o ideal é que ele seja escuro no ultrassom, pois o contraste com a pele do bebê cria as condições necessárias para o exame;
  • Passagem do som pelo tecido: a qualidade da imagem está ligada à passagem de som pelos tecidos maternos. Então, em casos nos quais o som tem dificuldade de ultrapassar essa barreira, a imagem pode ficar ruim;
  • Gordura: quando há uma quantidade excessiva de gordura na região abdominal da mulher, o que dificulta a formação de imagens pelo ultrassom;
  • Idade gestacional em que o exame está sendo feito.

O ultrassom 3D/4D não melhora a imagem do exame feito em 2D. Portanto, para obter uma boa imagem tridimensional ou quadridimensional, deve-se, primeiramente, ter um bom resultado no ultrassom convencional (bidimensional).

1 Comment
  • Um comentarista do WordPress
    Posted at 09:30h, 26 agosto Responder

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